O mundo encantado das crianças

Adoro ilustração infantil. É talvez o meu maior lamento: ser incapaz de desenhar o que quer seja. Por isso, admiro a arte e o dom de gente que com tintas, lápis, canetas, pincéis ou computadores consegue trazer ao mundo personagens e estórias de encantar. É preciso imaginação, mestria, sabedoria, ternura e muito amor na alma. Porque é impossível, creio eu, passar uma mensagem bonita, colorida e apaixonada, se o autor for insensível ao mundo. Os livros ilustrados são, sem dúvida, uma forma bonita de iniciar os nossos filhos nas lides do mundo, através de mensagens de afetos, criadas a partir de elementos belos e misteriosos. Nada melhor para fazê-los puxar pela imaginação, ao mesmo tempo que lhes transmitimos ensinamentos.

Por isso, de dois em dois anos, lá vou eu ao Museu da Electricidade, em Belém, Lisboa, visitar a Ilustrarte. Até 17 de abril, pegue nos seus filhotes, sobrinhos, netos, amigos e amigas, e dê um pulo àquele espaço encantado. Além da exposição das obras premiadas, há também uma secção dedicada a Alice Vieira, numa homenagem a uma das mais famosas escritoras infanto-juvenis portuguesas. Quem é que não leu “Rosa, Minha Irmã Rosa”? Ou “Chocolate à Chuva”? Pois. Há lá imensos livros dela para entreter a criançada, enquanto os adultos aproveitam para admirar o trabalho de Serge Bloch, ilustrador francês contemporâneo, um dos grandes autores da ilustração e design internacionais. Do Chile ao Japão, dos EUA à Austrália, da China ao Irão, mais de 1700 ilustradores de 72 países concorreram a esta edição, entre os quais a espanhola Violeta Lópiz, distinguida com o prémio Ilustrarte 2016. De todos eles, estão expostos 50 artistas com 150 ilustrações originais. Tudo a não perder!

I love children's illustration. It is perhaps my biggest regret: being unable to draw any kind of art. Therefore, I admire the art and the gift of people who with paints, pencils, pens, brushes or computers can bring alive characters and stories that are born from our imagination. It takes imagination, mastery, wisdom, tenderness and love in one’s soul. For it is impossible, I think, transmit a beautiful message, colorful and passionate, if the author is insensitive to the world around him. The storybook is, undoubtedly, a beautiful way to start our children in the world labors through affectionate messages, created from beautiful and mysterious elements. Nothing better to make them pull out from their imagination, while transmitting them meaningful ideas.
So, every two years, there I go to the Museu da Eletricidade, in Belém, Lisboa, to visit Ilustrarte. Until April 17^th, you should take your children, nephews, grandchildren, friends and take a trip to that enchanted space created for this exhibit. Besides the exhibition of winning works, there is also a section dedicated to Alice Vieira, a tribute to one of the most famous Portuguese children books writers. Who has not read "Rosa, Minha Irmã Rosa"? Or "Chocolate à Chuva"? Exactly. There are there many books of her to entertain the kids while the adults take the opportunity to admire the work of Serge Bloch, contemporary French illustrator, one of the great authors of illustration and international design. From Chile to Japan, US to Australia, from China to Iran, more than 1700 illustrators from 72 countries competed for this edition, including the Spanish Violeta Lópiz, awarded the prize Ilustrarte 2016. Of all of them, are exposed 50 artists with 150 original illustrations. All of them, not to be missed!